domingo, 30 de dezembro de 2007

Pedaço de mim

Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus

p.s = até mesmo para aqueles poetas
que não tem como saudar uma saudade,
mas a sente. Ó Dona do Castelo, quando será
saciada a tua ânsia pela descrição dessa saudade
que só o Chico sabe confessar?...
Sê valente, minha cara. Novo ano vibra na esquina
da vida... são novas as suas expectativas rumo
a emblemática busca desse tal amor... com essa tal
saudade.

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