sábado, 26 de janeiro de 2008

Desencontro

Não sei.
Nem sei se quero saber.
Acho mesmo que esses desencontros
se reparam... mais hora, menos hora.

Daí, fica o "se"...
Lidar com o não-acontecimento,
com o fato imaginário, com a cena não vivida
perturba. Talvez machuque. Talvez entristeça.

Se sentir vencido, sem poder lutar
é o desespero da alma do poeta
que pensa, lamenta e vive
à espera da solução que não depende
do seu coração.

Àquela fagulha,
que mais parece um sentimento doído
no fundo do peito, o poeta diz:
_ Tu queres me matar de dor de amor?

p.s = essa lágrima que cai, ò Dona do Castelo,
por tua face é o desespero de uma alma...
onde estás, então, sua valentia?

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Dores

É fato que não é em vão que o ser humano
é um ser, por excelência, complexo.
Complexo porque dificulta tudo!
Até pode ser simples...
mas não! Tem que ser complicado,
difícil, misterioso...

Por isso, os desencontros de amor,
as declarações de guerra, as tristezas
e a peste sobrevivem. E, ainda, deixam
a dor para reforçar a complicada cena humana.

Essa dor física, proveniente da guerra
e das doenças, que alastra a esperança
despedaçando-a como quem
esquarteja um animal vil e ameaçador.
Essa dor da alma, pelas tristezas da
Terra, que sofre pela fome, pelo calor,
pela violência.
E essa dor do coração, por reconhecer
que o desencontro do amor
já foi capaz de arrancar lágrimas profundas
por saber que desse amor não se pode viver.

Se vive, então, do quê, ó Dona do Castelo?

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Ao primeiro dia do resto de nosso ano...

Para este novo ano, assim como em todos os que já findaram
eu desejo a paz. Essa paz que vem de dentro de cada um, para
que nossas necessidades do coração sejam realmente satisfeitas.
Em especial, para a satisfazer o amor... para que ele se sinta pleno,
bem representado e brilhante...
Para isto, desejo a tolerância. Porque o outro pode ser o reflexo de mim.
Porque o outro tem as mesmas responsabilidades e direitos que eu.
E, ainda que isto seja diferente em cada pessoa,
eu preciso acreditar que a tolerânia
me encaminha para compreender o outro, que enriquece meu viver.
No estímulo à tolerância, eu peço a humildade...
daquelas em que se enche os olhos de lágrimas,
só de ver as miudezas da vida: passarinho na janela,
folha ao vento, arco-íris...
Que essa humildade invada e permaneça...
Juntando todo esse receituário: paz, amor, tolerância e humildade, só falta uma única coisa... que esse novo ano seja abençoado. E abençoado que dizer: te desejo tudo de bom!

Ave, 2008!