quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Núcleo base

Tudo bem, confesso:
nova filosofia de vida.
Até quando?

"Meu amor eu sinto muito, muito,
muito, mas vou indo
Pois é tarde, muito tarde
e eu preciso ir embora

Sinto muito meu amor
mas acho que já vou andando
Amanhã acordo cedo e
preciso ir embora

Eu queria ter você mas
acho que já vou andando
Outro dia pode ser mas
não vai dar pra ser agora...la lala lalalala

Eu tentei fugir
não queria me alistar
Eu quero lutar
mas não com essa farda
Eu tentei fugir não
queria me alistar
Eu quero lutar
mas não com essa farda

E já está ficando tarde
e eu estou muito cansado
Minha mente está tão cheia
e estou me transbordando

Você pensa que sou louco
mas estou só delirando
Você pensa que sou tolo
mas estou só te olhando la lala lalalala

Eu tentei fugir
não queria me alistar
Eu quero lutar mas
não com essa farda
Eu tentei fugir
não queria me alistar
Eu quero lutar mas
não com essa farda
Mas não com essa farda.
Mas não com essa farda

Mas não ..."

p.s= Nasi, Edgard... vocês traduziram? Será? Que dilema...

Ando só

Ando mesmo só
e não tem nada a ver
com solidão
com solitário
com sozinho

Tem a ver com as impressões
que se tem da vida
que (parece) só eu tenho

De que ser mais tolerante é ser mais
corajosa
De que ser mais franca é ser mais
forte
De que ser mais disciplinada é ser mais
livre
De que ser mais feliz é ser mais
humilde
Para perceber que a vida é feita
de coisas mínimas,
ainda que se esteja só
com suas impressões.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Transeunte

Agora minha tristeza transborda
e pára aqui.
Não consigo colocá-la em
outro lugar.
Eu preciso do soneto
da perdida esperança
do poeta que perde o bonde e
volta pálido para casa.
Também tenho uma rua inútil
onde nenhum auto passaria sobre
meu corpo.

Acho que meu cansaço
é mais forte que eu
não quero me levantar
não quero chorar
minha angústia ultrapassa
a silhueta sombria
de uma dor
que passa (ultrapassa)
os limites.

Meus limites do corpo
e da alma
do meu ego e da minha vaidade
da minha tristeza
e dos meus olhos
da minha cor
não me interessam,
nada mais.

Quero velar minha tristeza
como quem vela um amor morto
vivido há anos
com todos seus detalhes
como quem vela um amor morto
experimentado há pouco
com todas as suas emoções
como quem vela um amor nunca vivido, porém morto
por nunca ter sido encontrado.

Quero essa tristeza longe
apesar de admiti-la minha
e cultivá-la como a dor
de quem passa
sem bonde
sem palidez
sem casa
sem rua inútil

sem atropelamento.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Longe, longe demais

"Beijei seu rosto e guardei
Achei sincero e sem dúvida
Era quase de manhã, era madrugada
A noite esconde a cidade e você some
Será que é cria da noite e eu não sei?
As horas cessaram naquela manhã
Que vem é outro dia, outro dia
Será um desencontro e eu vou sozinha
Ele não dá um sentimento
Será um jogo intenso que se anuncia
Ele ri e sabe o que faz
Te quis prá minha vida, todo tempo esperei
E a vida agora está em torno de você
Amanhã é longe demais
Prá quem não tem
Prá quem não sabe
Amanhã é longe demais
Prá quem não tem a eternidade."



p.s= para a Dona do Castelo
que o vê desmoronar
a cada suspiro em vão pelo que foi
e pelo que virá.
Sê valente, minha cara!

domingo, 18 de novembro de 2007

Dominical

Aprenda:

"... fundamental é mesmo o amor
é impossível ser feliz sozinha..."

sábado, 17 de novembro de 2007

Por onde for...

Hoje eu acordei com uma saudade imensa
e especial de você
Das coisas que você diz
Do seu jeito de andar
Da cor dos seus olhos

Do seu jeito de dormir
De como ri das minhas coisas
meio engraçadas e meio estabanadas
De como me toca, mesmo sem me encostar

Saudade de quando você chega
sem flores e sem festa
Simplesmente chega
e muda meu dia e minha noite
muda minha voz

Tenho saudade dos seus beijos
roubados no meio da tarde
entre um compromisso
e uma decisão importante

Saudade do seu cabelo
em volta dos meus dedos
Daquele cheiro seu
que só encontro em você

Tenho saudade de quando te enlouqueço
com as minhas teorias
e com os meus lençóis
com a minha fome
e meu choro

Saudade de te descansar
depois que te olho
e descubro como foi seu dia
sem precisar ouvir sua voz

Tenho saudade da sua força
e até das suas fraquezas
da forma como me envolve
sem me pedir permissão
e eu consinto, sem hesitar

Já tenho saudade.
Só falta você chegar.

Afinal, quem é você?

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Garoto de vinte e um

Eu tenho saudade da minha alma gêmea.
Tenho saudade quando ela ri e o ar lhe falta.
Tenho saudade quando tinha de cortar-lhe as unhas,
preparar-lhe o banho,
secar os cabelos,
passar o perfume.

Eu tenho saudade da minha alma gêmea.
Sinto falta do seu canto,
Sinto falta do seu cheiro,
da sua cor,
da sua personalidade.

Eu tenho saudade da minha alma gêmea.
E da sua força,
sua generosidade,
sua esperança,
sua fé, seu mistério.

Espero, com a paciência que não tenho.
Pra me jogar de novo em cima de você, rapaz!
Ma-ra-vi-lho-se-sa!!!



By Fabrício, o Elvis...

"Será q um dia serei seu principe encantado?
Se tudo está tão encantado assim?
Talvez um dia, eu não sei!
E vc será minha princesa? Mas só caso se for coroado rei!!!!!!!"

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Eu, meu ego e alterego conversando.

Eu não sou descolada.
Não tenho imaginação fértil.
Não suporto as mágoas.
Não sei jogar. Nem sei ler segundas intenções.
Nem gosto de álcool.
Não consigo trocar de par
e nem sei sair facilmente de nenhuma relação.

Sim, sou piegas. Assumo.
Gosto das coisas mais simples
e me emociono com as mais românticas.
E adoro esse meu ar de ingenuidade.
Prefiro assim.

Acho a primavera com flamboyant
mais inspiradora e me conservo
essa mistura de ligeiramente inocente
com irritantemente orgulhosa de que
fiz a coisa certa. Mesmo sem proteger meu coração.
Em nenhuma das vezes.

E o melhor: ninguém consegue me convencer do contrário.
Minha tese de vida só se reforça.

E tenho dito, amém!

Pós-modernidade

Não. Não são as regras.
Nem a peste. Ou a cólera.
Falta tempo? Não. Falta fé? Também não.
Não são os engarrafamentos ou
o aquecimento global. Não é a mídia
e seus templos de consumo.
Não é o stress, a fome, as drogas sintéticas
ultra-biônicas...

O mal é a forma de organizar as coisas. Principalmente, os sentimentos.
É o medo do fracasso aliado à incapacidade impressionante
de não deixar as coisas fluirem.
É a capacidade impressionante de não deixar romper a fronteira
da pós-modernidade:
individualista, egoísta, protecionista...
Lembra-se qual a melhor próxima coisa para ser? Está na hora de ser livre.
De verdade. Sem esses medos. Ou essa vergonha.
Deixar a porta aberta para o outro entrar é ser livre.

Atreva-se

Sabe qual o nosso "poblema"?
É que esperamos que o "outro" nos complemente... nos preencha... nos aqueça.
Esperamos que o outro seja a nossa solução.
Tome as rédeas da nossa vida. Faça o nosso jantar.
Corra para nossa cama.
Seja nosso conforto.
Nossa saudade.
Nos dê frenesi. Insônia. Taquicardia.
Suor frio. Devaneios. Inspirações.
Fome. Suspiros. Expectativas.

E como temos a capacidade inexplicável (você consegue explicar? Empatamos, pois eu, não!)
da volubilidade atômica simplesmente achamos que, de repente,
tudo perdeu a graça, o encanto,
a magia.

Mas quem disse que tem que ser mágico?
Aquilo que prende, inebria, entontesce
não precisa ser fascinação. Pode ser real,
e ainda assim ser bom. Tri-bom.
Mas a gente não se permite. Não se atreve.
Recuamos, damos um passo atrás.
Não nos permitimos sequer desmoronar.

Atrás de quê? De quem?
É o boicote. De nós mesmos.
Ninguém nos complementa porque nós não nos encontramos.
Somos a solidão de Chico Buarque, atrás de nossas almas perdidas,
que não se permitem ser amadas,
com explicações esdrúxulas como as cartas de amor de Fernando Pessoa.
Quem vamos permitir romper a parede que construimos
cautelosamente com teorias lidas ao léu, e tomamos, de assalto,
como se fossem nossas por toda vida?

Somos José, de Drummond: a festa acabou, a luz apagou.
Sozinho no escuro, qual bicho-do-mato, sem teogonia,
sem parede nua para se encostar,
sem cavalo preto que fuja a galope.

Você marcha, José, para onde?

Vá entender, então, o que há entre o céu e a terra, além de nossa
vã filosofia.

Parênteses e Aspas

Com licença. Excuse me. Excusez moi. Entschuldigen Sie mich.
Excúseme. Scusilo. Excuseer me.

Esqueça tudo o que faz parte desta obra. Deixe tudo para trás... em suspensão.
A cena apresentada a seguir precisa ser descrita, entretanto, está completamente fora do verdadeiro propósito literário a que se presta esta série... Então, lá vai:

Homens e mulheres.
Ligeiramente dispostos fisicamente próximos, sei lá... em círculo, semi-círculo, triângulo escaleno, pentágono...
Ferramenta principal: halls. Sim, não estou louca. Foi exatamente o que ouvi.
Sincronizando esses dois pilares há um frigir de movimentos não-aleatórios, totalmente intencionais e irritantemente malucos.

Essa cena é a típica orgia não-intelectual e pouco ortodoxa da pós-modernidade...
Alguém tem um halls aí?

p.s = eu e a Ana escapamos. Por pouco.
Fecha parênteses e aspas.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Dia cinza para olhos castanhos...

Pelo menos a morte é aquela despedida definitiva.
Mais hora menos hora o coração se assenta em algum lugar:
numa cena, num cheiro, numa palavra, num sentimento.
Até mesmo porque, como já dizia Ariano,
tudo que é vivo... morre.


E aquela despedida que não nos consola? Despedida sem explicação...
Sem saber se te vejo de novo,
se te dou um adeus definitivo, se te digo tudo o que quero
ou se guardo pra mais tarde?

Despedida que não morre porque o alimento é a incerteza
misturada com ansiedade.

E o adeus para alguém que é incerto? E esse sentimento errante?
Que vem e vai com o vento...
Mas deixa uma bagunça, umas coisas fora do lugar...
E essa vontade de não arrumar?

Ser suscetível ao errante é uma tortura, doce tortura!

E meu coração, que não tem onde se acomodar?
Definitavente... as pessoas, sobretudo, vão.

E hoje o dia é cinza para quem tem olhos castanhos.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Solidão vista por Chico Buarque

"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear, ou fazer sexo...
Isso é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...
Isso é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos...
Isso é equilíbrio.

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida...
Isso é um princípio da natureza.

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isso é circunstância.

Solidão é muito mais que isto. Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa Alma."

p.s = esse é o meu Chico...

sábado, 10 de novembro de 2007

Listening the heart - La vie en rose

Percebes como consigo perceber?
Coisas não. Pessoas. Somente elas.
Porque coisas são simplesmente coisas. Estáticas.
Já pessoas... pessoas vão. Essencialmente isso: vão.

E de tanto irem, dói. Dor da partida. Raiva da distância.
Fúria pela situação. Mágoa pela consciência disso e tristeza...
E essa tal tristeza cria nós. Nós que acabam por segurar o equilíbrio mental.

E quem, eu digo, quem foi que disse que eu quero ser equilibrada?
Eu quero me perder. Sem pressa pra me encontrar.
Eu quero enlouquecer. Sem remédio para a sanidade.
Eu quero fugir. E sem retorno. Sem resgate.
Eu quero voar. Free as a bird...
Porque essa é a próxima melhor coisa para se ser: livre como um pássaro.

Será que ainda dá tempo de se perder?
O vilão (o tempo) é capaz de interromper o processo.
De se permitir perder.

p.s = com novo tradutor, não menos qualificado, sr. Louis (o Armstrong!).

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Eu queria...

Eu queria tanto que desse certo.
Eu queria tanto que fosse perto.
Eu queria tanto que demorasse.
Eu queria tanto que encantasse.
Eu queria tanto que vingasse.
Eu queria tanto...
que até reconheço que não queria antes mas quero agora.
E admito, ainda que precocemente, que aceitaria.
Que diria sim.

Como as coisas mudam assim?

p.s = sem dormir.

domingo, 4 de novembro de 2007

Domingo chuvoso + fotos + reflexão + Vanessa da Mata + últimas semanas =

conclusão. definição. explicação. compreensão.

'As good as it gets' é...
- Saber que se pode SIM o que não se sabia que poderia de novo.
- Saber que compreender a si mesmo está intimamente ligado a se dar chances... para tudo e sem o menor pudor.
- Saber que correr sem saber pra onde, não significa que se está correndo para alguma coisa que seja melhor... o melhor, às vezes, é ficar parado e perceber que se está indo... e estar indo é, às vezes, melhor do que se pensa.
- Saber que o que é fugaz é só fugaz. Não se torna essencial, principal ou imprescindível. Mas é importante, porque dá pra se reconhecer e ver quais as cores realmente fazem parte de você.
- Saber que se orgulhar de ser quem é, com os sentimentos e temores, na verdade, é mais particular e não há quem possa decodificar isto; porque sentir é algo só seu.
- Saber que é bom sim se afastar um pouco da realidade. Apesar dela te cobrar o tempo todo o retorno. E esse retorno pode ser meio doloroso.
- Saber que reconhecer seus próprios limites - seja do corpo, da alma ou do coração - é louvável. Ainda mais quando você pode compartilhar. E ser compreendida.
- Saber que mergulhar fundo, seja a profundidade que for, é um mérito. Quem pode se dar o luxo de mergulhar em meio ao caos materialista que se tornou nossas vidas?
- Saber que quando a razão se mistura com a emoção o resultado não precisa ser o equilíbrio. Pode ser a loucura também. Ou até mesmo a inconsequência. Ou ainda a falta de ar. De chão. Sede.
- Saber que entender o que se passa em seu coração pode ser traduzido pela sua mente é muito confortável. Escrever sobre isso então... é heróico.

Fim de Domingo. Fim de revelações.

By Letícia Fialho

" Vim pra te falar:
- Tá tudo bem...


Há mesmo saudade aqui.
Venho por também sentir...
Pode perguntar o que for,
que eu vou responder bem.

Já aprendi a deixar meu coração calar.
Sei de muito disso de cor
Cada movimento desse sentimento
Pode me falar o que for!
Quem sabe você já
Tenha aprendido a deixar seu coração falar...
É você meu mar.


Por mais que eu corra em outros leitos,
afluentes, vire nuvem... longe.
Cada rio vai desaguar
no seu grande amor, seu lugar.
Cada rio vai desaguar
no seu grande amor... no seu lar!
no seu grande amor... no seu mar.


E é você meu mar."

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Cirque du Soleil

Minha consciência adormeceu. E quando acordou estava noutra dimensão.
Era sonho? Era realidade? Eram mesmo meus olhos? Era mesmo o meu coração?
Minha pele?

Era mágico. E sem os mágicos, apenas com os palhaços...
Era perfeito. Luzes, cenas, rostos e corpos, sintonia e sons...

Desafiante. Até mesmo para explicar o que se sente ou o que se vê.
Arrepio. Grito. Loucura.

Forma e conteúdo.
Yn e Yang.
Preto e branco.
Fogo e água.
Escuro e claro.
8 e 80.

Sobrenatural.

p.s= espero não ter conseguido explicar.