Pelo menos a morte é aquela despedida definitiva.
Mais hora menos hora o coração se assenta em algum lugar:
numa cena, num cheiro, numa palavra, num sentimento.
Até mesmo porque, como já dizia Ariano,
tudo que é vivo... morre.
E aquela despedida que não nos consola? Despedida sem explicação...
Sem saber se te vejo de novo,
se te dou um adeus definitivo, se te digo tudo o que quero
ou se guardo pra mais tarde?
Despedida que não morre porque o alimento é a incerteza
misturada com ansiedade.
E o adeus para alguém que é incerto? E esse sentimento errante?
Que vem e vai com o vento...
Mas deixa uma bagunça, umas coisas fora do lugar...
E essa vontade de não arrumar?
Ser suscetível ao errante é uma tortura, doce tortura!
E meu coração, que não tem onde se acomodar?
Definitavente... as pessoas, sobretudo, vão.
E hoje o dia é cinza para quem tem olhos castanhos.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
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